Brasil
Luta contra o aumento: nosso movimento se fortalece por todo o país!
20/06/2013
Por Juventude As Ruas
Nosso movimento está se fortalecendo em todo o país! Uma possível conquista de suspensão do aumento não pode ser pactuada com uma trégua na mobilização. Vamos por mais! 3,00 também não dá!
Coloquemos todas nossas forças pela libertação imediata de nossos presos e pelo fim dos processos! Não negociemos enquanto não forem libertados! Convoquemos nossos atos nos locais de detenção e vigílias até que sejam libertados!
Todo apoio ã greve da CPTM! Pela unidade com os ferroviários por um transporte público de qualidade sob controle dos trabalhadores e usuários!
Por um comitê democrático de mobilização onde todos possam debater e opinar democraticamente sobre os rumos do movimento!
Porto Alegre, Goiânia e Natal barraram os aumentos de passagens. Em São Paulo, seguimos nos fortalecendo. Na ultima terça feira, um ato de mais de 10 mil pessoas debaixo de chuva, sem precedentes nos últimos anos, se ergueu nas ruas do centro de São Paulo para expressar a voz das ruas contra mais este ataque dos governos e das máfias que só impõe mais miséria e isolamento aos espaços da cidade ã juventude e aos trabalhadores. É por isso que em algumas cidades já estão recuando nos aumentos. Em São Paulo, o Ministério Público propôs uma suspensão do aumento por 45 dias. Essa é uma conquista que pode fortalecer nossa luta, mas nunca se a aceitamos como uma trégua numa mobilização que se massifica e nacionaliza, como indica o MPL em suas declarações. Isso seria aceitar um desvio na nossa mobilização quando ela vai conquistando força de ir por mais. Mais ainda sendo que temos companheiros presos!!!
A resposta escolhida por Alckmin e Haddad foi a repressão: balas de borracha, cassetetes e muitas bombas e, literalmente, transformou numa praça de guerra o centro antigo e a região da Av. Paulista. O saldo deste ataque foi o de diversos feridos e desmaiados e a prisão de mais de 20 companheiros, sendo que 10 continuam presos, transferidos ao centro de detenção provisório, sob acusações absurdas do tipo formação de quadrilha, lesão corporal, etc. Os governos já organizaram desde a ABIN, até a Polícia civil e federal para monitorar e investigar nossas manifestações. Tudo para defender os interesses dos grandes grupos empresariais do transporte, que são financiadores milionários e apoiadores das campanhas eleitorais de Haddad, Alckmin e companhia. Precisamos exigir que se retirem imediatamente todos os processos e libertem todos os presos! Acusar de formação de quadrilha e impor fianças absurdas de 20 mil reais para soltar nossos presos é um atentado à liberdade de expressão e organização! Convoquemos nossos atos nos locais de detenção até que os presos sejam liberados!
Nossa luta precisa barrar o aumento, mas dizer claramente que exigimos desde já o passe livre para estudantes e desempregados e a estatização dos transportes públicos sob controle de trabalhadores e usuários! Para isso, nossa primeira tarefa tem que ser apoiar a greve da CPTM em curso com todas as nossas forças e tentar unificar a mobilização das ruas com os trabalhadores dos transportes, que são nossos aliados.
Para orientar nossa mobilização precisamos nos organizar. Não podemos mais ficar numa dinâmica de não debatermos democraticamente os rumos da mobilização. Isso pode terminar com uma negociação por cima ou um desgaste do movimento. Necessitamos fortalecer nossa aliança entre trabalhadores, estudantes e o povo pobre criando um comitê de luta contra o aumento, que seja composto por entidades, associações de bairro, grupos, partidos, sindicatos, grêmios escolares, representantes votados por local de trabalho e universidades, para se reunir e discutir os rumos, avançar nas ações e garantir a segurança do movimento, coletivamente. Reivindicamos, como temos feito, em primeiro lugar, ao MPL a que dê este passo para fortalecer nossa luta, mas desde já, também, convocamos os companheiros do PSTU, com os quais construímos uma entidade nacional - a ANEL- a formar blocos conjuntos e a impulsionar, junto da CSP-Conlutas, das entidades estudantis, grêmios e demais partidos a formação deste comitê. É importantíssimo e urgente que entidades como o DCE da USP (composto por PSTU e PSOL) e o Sindicato de Metroviários esteja na linha de frente dessa política. A primeira tarefa de um comitê desse tipo teria que ser a defesa dos presos. Não concordamos com a proposta de municipalização como propõem MPL e Juntos!, pois ela tem nas entrelinhas a defesa do projeto de lei "TARIFA ZERO"(formulada na época da prefeitura petista de Erundina), que pressupõe o subsídio da prefeitura para que as empresas privadas de transporte prestem o serviço gratuitamente. Ou seja, os tubarões dos transportes continuariam enchendo os bolsos! Por isso defendemos a estatização, que pode ser pela esfera municipal, estadual ou federal, mas que garanta o fim do sistema privado de transportes. Haddad disse não ter 6 bilhões para zerar a tarifa, nem falar para estatizar. Se a situação é tão grave, que abra as contas do orçamento, para vermos quais são as prioridades da prefeitura! Veríamos, então, um orçamento bilionário pagando bilhões a “dívidas” com meia dúzia de bancos e quanto se gasta para manter os políticos parasitas que são os verdadeiros vândalos desse país.