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Deputados PTS/FIT respondem ã diretoria do Sindicato Metalúrgico e do Transporte Automotor

Gestamp na Argentina: Como na ditadura militar, diretoria do SMATA pede repressão contra seus próprios filiados e a esquerda

30/05/2014

Gestamp na Argentina: Como na ditadura militar, diretoria do SMATA pede repressão contra seus próprios filiados e a esquerda

Christian Castillo (deputado da província de Buenos Aires), Nicolás del Caño (deputado nacional por Mendoza) PTS/Frente de Esquerda

Com a cobertura de assinaturas de algumas comissões internas metalúrgicas, a diretoria do SMATA [1] publicou hoje um comunicado no qual, incrivelmente, não exigem a reincorporação imediata dos 69 demitidos na empresa Gestamp, nem a cessação de mais de 15 mil suspensões que sofrem os trabalhadores do ramo em todo o país, mas que, pelo contrário, é um chamado aberto para que se utilize a repressão estatal ou para habilitar a violência de grupos gangsterís para derrotar seus filiados que hoje lutam por seus direitos mais elementares, como fazem os companheiros da multinacional espanhola Gestamp.

Este comunicado, ao invés de atingir as patronais – a maioria estrangeira – imputa aos legisladores da esquerda a responsabilidade pela paralisação de algumas terminais automotrizes, deixando de lado que este foi um dos setores empresariais que mais lucrou durante toda a década, como mais de uma vez afirmou Cristina Kirchner e que hoje, uma vez mais, aspira a que sejam os trabalhadores os que paguem com seus empregos a queda nas vendas.

Este comunicado pró-patronal e macarthista é publicado poucas semanas depois do início de um julgamento histórico contra três gerentes da Ford, acusados de haver facilitado dados para o sequestro de 24 operários da automotriz em 1976 e permitido que os repressores montassem um centro clandestino de detenção dentro da fábrica, na localidade de Pacheco, em Buenos Aires. Não nos surpreende. Em 2003, o histórico secretário geral do SMATA, José Rodríguez, foi expulso de seu posto de vice-presidente no Comitê Executivo da Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim), em Genebra, acusado de haver participado na repressão contra os trabalhadores da Mercedes Benz argentina na década de 1970. Antes da ditadura e nos tempos da “Tríplice A”, denunciou em uma carta ao então Ministro da Justiça a comissão interna independente da planta “tomada pela subversão”, denunciando a greve de 4 mil operários como “típico ato da guerrilha dentro da fábrica”. Segundo documentos do Arquivo da Fitim, Rodríguez e o então Ministro do Trabalho, Carlos Ruckauf, pediram a demissão de mais de 115 operários da Mercedes Benz, entre eles quinze trabalhadores que depois do golpe militar foram sequestrados e desapareceram.

A Frente de Esquerda obteve mais de 1.200.000 votos em outubro de 2013. Fomos eleitos ao Congresso nacional, legislaturas provinciais e conselhos deliberativos para fortalecer a luta dos trabalhadores e da juventude, como dissemos na campanha. Estivemos, estamos e estaremos junto aos trabalhadores que lutam por seus direitos e por sua liberdade. Junto a Mães da Praça de Maio, filhos de desaparecidos e netos recuperados, organismos de direitos humanos e dezenas de comissões internas de fábricas e centros acadêmicos, nos fizemos presentes na planta de Gestamp, para nos solidarizarmos com a luta dos trabalhadores e exigir sua reincorporação. E voltaremos a fazer quantas vezes forem necessárias.

Rechaçamos todo tipo de repressão contra os trabalhadores que lutam. Por nossa iniciativa, deputados de nove blocos do Congresso nacional manifestaram sua preocupação pelas demissões em Gestamp, e na Legislatura de Buenos Aires se votou – por unanimidade – uma declaração de preocupação e o rechaço ás demissões. Outros tantos legisladores nacionais e provinciais fizeram o mesmo em relação ás suspensões massivas recebidas pelos trabalhadores da fábrica de autopeças Lear, suspensões ilegais realizadas por esta patronal norteamericana com o aval do SMATA.

Exigimos a reincorporação imediata dos 69 demitidos em Gestamp e o término das suspensões. Esse é o nosso dever e não vamos parar em nossa atividade de luta solidária com a causa da classe operária. Responsabilizamos as autoridades nacionais e provinciais por qualquer caso de violência contra os trabalhadores e a esquerda, e rechaçamos a criminalização do protesto.

Mariano Ferreyra: presente!

  • NOTAS
    ADICIONALES
  • [1Sindicato Metalúrgico e do Transporte Automotor da República Argentina, oficialista, ligado ao governo kirchnerista

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