FT-CI

Depois das legislativas deste domingo, 28 de junho

Argentina: se abre uma crise política nacional

30/06/2009

Com a derrota do governo dos Kirchner na Província de Buenos Aires se abre um dos cenários temidos por importantes setores da classe dominante: uma crise política na qual a derrota do governo se combina com uma oposição nacionalmente incapaz de apresentar uma alternativa viável, o que configura um cenário de fragmentação dos partidos da classe dominante, no marco de uma crise econômica internacional de características históricas. Esta situação significa também um verdadeiro “tsunami” para a burocracia da CGT encabeçada por Hugo Moyano, que jogou todas suas fichas em apoio ao governo.

Ainda que a Unión-PRO ganhe na província de Buenos Aires, na capital retrocede quase 7 pontos porcentuais em relação aos votos obtidos por Macri no primeiro turno da eleição a Chefe de Governo em 2007, e não tem peso nenhum fora destes dois distritos. O Acordo Cívico e Social fica com a primeira minoria opositora em nível nacional, mas sofre um golpe importante com o terceiro posto na capital, fundamentalmente na figura de Elisa Carrió, com uma eleição medíocre na província de Buenos Aires, onde não pôde evitar a polarização entre Kirchner e De Narváez. Neste espectro quem se fortalece é o vice-presidente Julio Cobos, devido ao triunfo de mais de 20% de diferença – que obtém a lista apoiada pelo “De La Rúa bis” em Mendoza. Na cidade de Buenos Aires o mais chamativo é a muito boa eleição da lista de centro-esquerda encabeçada por Pino Solanas, que sai em segundo com quase 25% dos votos. Dentro do peronismo surge um pólo “sojeiro” com Carlos Reutemann que, apesar de ter ganho por margem muito estreita a eleição de senadores por Santa Fe do candidato socialista Rubén Giustiniani, pelo menos ficou em pé para negociar com os governadores da Grande Buenos Aires alguma mudança de direita desde o Partido Justicialista.

Neste marco, a Frente de Izquierda formada pelo PTS, MAS e Izquierda Socialista obtem relativamente bons resultados em vários distritos, fundamentalmente na província de Buenos Aires e Córdoba, onde resultamos como a quinta força (e primeira da esquerda). Em nível nacional, somando os votos dos três distritos onde nos apresentamos como Frente com os obtidos pelas listas apresentadas com a legalidade do PTS a projeção chega ao redor de 180.000 votos, muito mais que o dobro dos 87.000 obtidos nas presidenciais de 2007.

Para a classe trabalhadora se trata de aproveitar esta situação de incerteza dos de cima para avançar na luta por suas próprias reivindicações, para que a crise seja paga pelos capitalistas. Se trata também de dar novos passos para recuperar as comissões internas, corpos de delegados e sindicatos, varrendo a burocracia sindical e de multiplicar esforços para por em pé um grande partido da classe trabalhadora, uma necessidade imperiosa que nos coloca a atual situação para evitar que a experiência dos trabalhadores com o kirchnerismo termine em novas variantes diretamente patronais ou da centro-esquerda promotora da “humanização” do selvagem capitalismo semicolonil argentino.

Christian Castillo e Myriam Bregman, candidatos a deputados do PTS na Frente de Izquierda pela Capital Federal e Província de Buenos Aires respectivamente.

José Montes, ex-candidato a presidente pela Frente PTS-MAS-Izquierda Socialista.

  • TAGS
Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)