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Greve do metrô em São Paulo: “Um movimento de raiva geral”
por : Media

09 Jun 2014 | Crônica do “Contra Mundial”. Felipe Guarnieri, 28 anos, é um dos grevistas. Eles exigem um reajuste salarial, e se declaram dispostos a continuar.
 Greve do metrô em São Paulo: “Um movimento de raiva geral”

Por Quentin Girard


Assembléia dos grevistas do metrô de São Paulo, 8 de Junho.

Crónica del “Contra Mundial”
Felipe Guarnieri, 28 años, é um dos grevistas. Eles exigem um reajuste salarial, e sedeclaram dispostos a continuar.

Felipe Guarnieri tem 28 anos. Militante da LER-QI, Liga Estratégia Revolucionária – Quarta Internacional, um pequeno movimento trotskista. Decidiu depois de seus estudos em Ciências Sociais trabalhar no metrô de São Paulo, pelo compromisso político que ali existe. É atualmente delegado sindical da estação Santa Cruz.

Crônica do “Contra Mundial”

Para essa primeira crônica do “contra mundial”, vista pelos próprios militantes, Felipe Guarnieri nos fala da greve em curso no metrô da cidade mais populosa do Brasil.
“As reivindicações começaram em maio. No início o sindicato reivindicava 35% de aumento, principalmente por reconhecer a dureza de nosso trabalho. Até o momento, o governo do estado de São Paulo, que é do PSDB, não propõe mais que 8,7%. Nós queremos ao menos um pouco mais de 10% de aumento, o que é simbólico para nós. A maioria de nós ganha entre 600 e 3000 reais por mês (entre 200 e 1000 euros), não há um plano de carreira, e o trabalho é duro. O mundo inteiro nos olha, mas se não encontra-se uma solução, estamos dispostos a continuar ainda durante os jogos”.

No domingo houve uma grande assembleia geral, com mais de 2 mil trabalhadores do metrô presentes, e decidimos por uma ampla maioria continuar nos manifestando na segunda-feira, apesar dos riscos. Um juiz declarou que a greve era ilegal, portanto, o sindicato do metrô corre risco de ter 500 mil reais de multa, 163 mil por dia. Tem-se a impressão de que já não há direito ã greve, de que não se vive mais na democracia, e que os juízes estão completamente ligados ao partido no poder. A única política de negociação é a repressão.

“Esta noite vamos montar barricadas no metrô para evitar que a chefia coloque em marcha o funcionamento das linhas. Em seguida, nos manifestaremos, na rua. Na sexta-feira na estação Ana Rosa os policiais invadiram violentamente, e seis pessoas ficaram feridas, enquanto um dirigente sindical foi preso”.

“No geral, as pessoas em São Paulo não apoiam as greves, mas desta vez creio que são mais solidários. Nós damos visibilidade a um vasto movimento social que começou há mais de um ano. Não somos só nós, também há os garis, as universidades, etc. Há manifestações permanentemente, e um movimento geral de raiva. Bilhões foram gastos com a infraestrutura da Copa do Mundo, queremos o mesmo para a Educação, Saúde e Transporte de conjunto”.

“Desde que el PT está en el poder, demostró que no dudaba en aliarse con los partidos de la derecha localmente y en establecer una política sobre todo favorable a los patrones”.

Na foto Felipe Guarnieri. Sobre seu colete está escrito “Exigimos um transporte padrão FIFA”

Quentin Girard, enviado especial em São Paulo.

 

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