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México: diante do assassinato de Carlos Cuevas
04 Nov 2011 | No dia 26 de outubro, Carlos Sinuhé Cuevas, estudante e ativista da Faculdade de Filosofia e Letras de UNAM, foi assassinado com 16 tiros nas costas próximo ã sua casa.

Por Eduardo Castel, LTS-CC

No dia 26 de outubro, Carlos Sinuhé Cuevas, estudante e ativista da Faculdade de Filosofia e Letras de UNAM, foi assassinado com 16 tiros nas costas próximo ã sua casa. Este foi o desfecho de uma série de ameaças que Carlos recebia desde 2009 quando fez parte da campanha de solidariedade à luta do SME (Sindicato Mexicano dos Eletricistas), a luta por educação gratuita e por impulsionar assembleias pelas demandas referentes ao restaurante universitário e xerox subsidiados. E, mais recentemente, da luta contra a militarização e a repressão.

Desde a LTS e a Agrupação Contra a Corrente repudiamos este brutal assassinato e exigimos seu esclarecimento, e imediata punição aos responsáveis. Devemos multiplicar as ações de luta (como o bloqueio de Insurgentes e a paralização dos cursos de Filosofia e Letras do dia 27), para que este assassinato, que se insere num marco da “guerra contra o narcotráfico” de Calderón não seja impune e que não será o último entre a contagem rotineira de vítimas da militarização e da barbárie capitalista.

Da mesma forma, no dia 1 de novembro foram presos na Cidade de Juarez integrantes da Frente Plural Ciudadano que colocavam cruzes em memória aos mortos pela “guerra contra o narcotráfico”. Neste clima repressivo e reacionário, com o fortalecimento e impunidade dos corpos repressivos, são crescentes os casos de desaparecimento com mais de 25 mil pessoas, a prisão e assassinato de centenas de lutadores sociais, os impunes feminicídios e assassinatos de jovens, as 120 mil pessoas desalojadas e as mais de 60 mil mortes, violações aos direitos humanos e os ataques ás liberdades democráticas. Este assassinato mostra que a violência contra os ativistas já permeia o interior da UNAM. Os casos de estudantes desaparecidos, os investigadores universitários, a perseguição da polícia aos ativistas, contam com a cumplicidade da reitoria.

Estudantes, trabalhadores e professores, devemos rechaçar os convênios de “proteção e segurança universitária” que Narro e a direção sindical do STUNAM (Sindicato dos Trabalhadores da UNAM) aprovaram junto ás instituições responsáveis pela militarização. Com o pretexto de garantir a “segurança”, estão aprofundando as medidas antidemocráticas e repressivas contra a comunidade universitária e contra a organização independente dos estudantes, professores e trabalhadores.

É necessário impulsionar uma grande luta unificada contra essas medidas, ligando-as à luta contra a militarização do país e os ataques ás liberdades democráticas e violações aos direitos humanos, assim como a luta pela defesa da educação pública e a transformação da universidade a serviço dos explorados, e contra o ataque ás conquistas dos trabalhadores. Coloquemos de pé um movimento estudantil combativo que ajude na conformação de um grande movimento nacional contra a militarização que exija a volta dos militares aos seus quartéis e a saída da polícia da UNAM, e que tome em suas mãos a organização da autodefesa das organizações e ativistas.

 

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