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Ante a morte de Néstor Kirchner
por : PTS, Argentina

28 Oct 2010 |

Respeitamos a dor que amplos setores de trabalhadores e do povo sentem pela sua morte. Eles identificam o ex-presidente com determinadas conquistas como as anulações das leis de impunidade aos genocidas e a volta ás negociações paritárias.

O PTS considera que estas conquistas foram o produto da luta do povo argentino e da necessidade da classe dominante em geral, e do peronismo em particular, de conter e desviar o processo aberto com o levantamento de dezembro de 2001, em que milhões exigiam que "todos se vão". Baseado em um ciclo econômico internacional favorável, Nestor Kirchner que ssumiu com 22% dos votos, pôde recompor o poder do Estado burguês e em especial a autoridade da instituição presidencial.

Mas na realidade, o que o impacto de sua morte oculta é que estas conquistas parciais se deram no marco de fabulosos lucors empresariais produto da enorme transfêrência de renda gerada pela desvalorização de 2002, e não conseguiram reverte o essencial da herança reacionária deixada pela ditadura genocida e reforçada pelo menemismo.

O recente assassinato do jovem militante Mariano Ferreyra por apoiar os trabalhadores ferroviários em luta, deixou explícito que 50% da classe trabalhadora seguem em condições de trabalho escravo, terceirizado e precarizado. Isso foi possível porque Néstor Kirchner se apoiou em Moyano, dirigente da CGT, e a na burocracia sindical lhe dando algumas conquistas aos trabalhadores sindicalizados, deixando abandonada ã sua própria sorte a maioria assalariada.

Por sua vez, nestes anos se desenvolveram julgamentos negociados de um punhado de genocidas, deixando intacto o núcleo central das forças repressivas estatais. A desaparição de Jorge Julio López é uma mostra disso.

As grandes patronais do campo e da indústria, com sua ganância insaciável, querem avançar ainda sobre as conquistas que foram conseguidas nos últimos anos de crescimento econômico e lucro capitalista excepcionais. A burocracia sindical não é nenhuma garantia nem sequer em defender estas conquistas e menos ainda terminar com a superexploração dos assalariados. Pelo contrário, se mostram como agentes das patronais e de seus próprios negócios, como evidenciaram as gangues assassinas da União Ferroviária.

Enquanto Hugo Moyano e o resto da direção da CGT declaram apoio incondicional ao governo de Cristina Kirchner para garantir a impunidade de seus crimes e negociados, o PTS sustenta que o desenvolvimento do sindicalismo de base para recuperar os sindicatos expulsando a burocracia de nossas organizações operárias e na luta por um partido dos trabalhadores independente de todos os bandos capitalistas, são as plataformas para defender as conquistas e avançar contra este sistema de exploração e opressão.

27/10/2010

 

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