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Itália: novas respostas operárias
por : Celeste Murillo

07 Feb 2010 | O anúncio de fechamento (a princípio, temporário) de duas fábricas da empresa norte-americana de alumínio Alcoa na Itália, e suscitou o protesto de seus trabalhadores enquanto o desemprego aumenta na Europa, afetando especialmente a juventude.

O anúncio de fechamento (a princípio, temporário) de duas fábricas da empresa norte-americana de alumínio Alcoa na Itália, e suscitou o protesto de seus trabalhadores enquanto o desemprego aumenta na Europa, afetando especialmente a juventude.

No dia 29 de janeiro, 200 trabalhadores da Alcoa ocuaparam a pista do aeroporto de Cagliari (em Cerdenha, onde se encontra a fábrica) e obrigaram a interromper o tráfico aéreo desse dia. A ação começou cedo no estacionamento e com o apoio dos sindicatos CGIL, CISL e UIL, até que os operários definiram ocupar a pista, onde mais tarde se enfrentaram com a polícia que tentou tirá-los de lá.

Os trabalhadores somaram a esse protesto no aeroporto, uma greve na fábrica de Fusina, também encontram-se bloqueados os acessos para impedir a entrada e saída das mercadorias. Durante o mês de janeiro, a Itália viu diferentes ações e protestos de trabalhadores e trabalhadoras que enfrentam as conseqüências da crise econômica, que somente na Europa significou mais de 20 milhões de desempregados, especialmente jovens. A isso se tem que somar o desemprego dos imigrantes, que por não ser “cidadãos” não são contados nas cifras oficiais.

Aos operários de Alcoa, se somaram os trabalhadores da fábrica da Fiat em Termini, que enfrentam a suspensão da produção, que deixará sem pagamento todos seus trabalhadores. A Fiat havia anunciado que suspenderia suas atividades durante a última semana de fevereiro e a primeira de março para equilibrar suas contas, sem se importar que sua decisão afetará 30 mil operários e suas famílias. A medida ganhou inclusive a crítica de membros do gabinete de Berlusconi, insuspeitos de defender os direitos dos trabalhadores.

Esses e outros protestos de diferentes tamanhos devolvem ás páginas dos jornais e noticiários de TV as imagens da luta de classes, e recordam a primeira metade de 2009, com os métodos radicalizados dos operários da 3M, Caterpillar e Continental que incluíram seqüestro de patrões e tomada das instalações na França.

Lamentavelmente, junto a essas primeiras respostas ã crise vieram também outras manifestações como as greves britânicas contra os imigrantes ou os ataques na localidade de Rosarno contra trabalhadores africanos. Essas ações desesperadas são alentadas por campanhas e leis xenofóbicas, como as leis anti-imigrantes italianas e os recentes comentários racistas de Berlusconi que incluiu os imigrantes em seu plano “contra a máfia e o crime”. Com a xenofobia e o racismo os capitalistas voltam a apostar na divisão das fileiras operárias, atacando aqueles que sofrem as piores condições e tem os piores salários. Ao contrário, a única forma de impor uma saída operária para que essa crise seja paga pelos capitalistas, que são quem a provocou, é uma unidade das fileiras operárias, e nesse caminho, o triunfo da luta dos e das imigrantes será um triunfo de todos os trabalhadores e trabalhadoras da Europa.

 

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