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Vozes dos trabalhadores: “Não temos que abaixar os braços, temos que lutar”
por : PTS, Argentina

10 Sep 2009 |

Carta a meus companheiros

Temos que manter-nos unidos. A empresa o que quer é que nos separemos, para que não lhes ganhemos. (...) Não temos que baixar os braços, temos que lutar. Quanto lutamos já, vamos dar-lhe o gosto de ver-nos separados, de dar-nos por vencidos? Somos mais. Temos o apoio de nossos companheiros, de gente de fora. Lembrem da Cerâmica Zanon. A agarrou o governo, agora é dos trabalhadores. Vamos dar a batalha, eu não vou baixar os braços porque isto é injusto. É difícil, mas é possível. Se queremos e nos mantivermos unidos, respeitando as votações das assembléias, nós vamos ganhar por cansaço a eles. Se nós baixarmos os braços, o que vamos demonstrar aos que nos estão ajudando, fazendo-nos resistentes? Não baixemos os braços. Se já começamos a lutar, são eles os que estão em falta. Não somos escravos, presos ou animais. Vamos a nos fazer respeitar. Vamos permitir que no atropelem desta forma, isolando-nos, humilhando-nos, rechaçando-nos, separando-nos? Basta! Tranqüilizem-se, pensem. Mais não podemos perder: já não temos trabalho, vamos dar a luta para recuperá-lo. Eu não vou a me dar por vencida. Não gosto das injustiças, e isso é o que fizeram com nós. Assim que eu vou a lutar: vou ir quando eu quero, não quando eles nos digam.

María Milagros 30/08


“Aprofundar nossa luta até que reincorporem a todos os demitidos”

“A unidade entre demitidos e não demitidos tem mostrado uma grande fortaleza, que serva para lutar contra as circunstâncias que impõe a patronal. Mas começa a haver titubeadas da Lista Verde ou diretamente a passagem para o lado da empresa, jogando rumores por baixo, metendo medo. Mas acreditamos que se seguirmos na luta, que queremos a reincorporação, queremos voltar de novo depois deste dois dias que nos demos de descanso, temos que discutir como seguir: corte de estrada, assembléia permanente. Hoje fica totalmente claro que a via do Ministério é uma via totalmente morta. O governo não faz mais que intimidar ã empresa, mas já na última audiência já nem se quer faz isso. Temos que confiar só em nossa própria força, e decidir nas assembléias com que medidas aprofundaremos nossa luta até que reincorporem a todos os demitidos”.

Oscar, delegado demitido 29/08


“A empresa vai por tudo, e nos temos que por ã altura”

A fábrica está parada. Os demitidos estiveram 4 dias no quincho, tiveram um impasse para retornar força e seguir. Agora os trabalhadores tem resolvido retomar a assembléia permanente nos distintos turnos. Está programado realizar cortes na Autopista Panamericana. O Ministério tem demonstrado que não o interessa resolver a situação dos trabalhadores, a empresa está em uma ofensiva total. Despediu um companheiro dentro da conciliação. Hoje os gerentes recorreram a fábrica com policiais civis, filmando aos companheiros. Foram repudiados, tirados do setor. Mas nos encontramos em uma pulsada muito grande, também o sindicato defende que sigamos os passos do Ministério do Trabalho. Acreditamos que isso é um beco sem saída. Creio que é necessário um comitê de apoio. Está-se organizando nos três turnos o fundo de greve. A empresa vai o todo pelo todo, e nos temos que colocar ã altura, e não dar o braço a torcer. Temos todas as condições para ganhá-la.

Javier Hermosilla Miembro da Comissão Interna


“Se não há assembléia permanente e corte, não haverá resolução favorável”

O Ministério está vacilando. O sindicato defende que o vai resolver o Ministério do Trabalho, Tomada. Nós com os trabalhadores entendemos que se não há uma pressão, com assembléia permanente e o corte da Panamericana, não haverá nenhuma resolução favorável.

Néstor Penayo Miembro da Comissão Interna

 

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