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O dilema da crise financiera
por : Juan Chingo

13 Mar 2008 | A crise financeira se agrava...

A crise financeira se agrava, pois enquanto a única saída seria uma massiva desvalorização de capitais (que permitisse aos que possuem cash ou estão especulando com as matérias primas, quer dizer, os investidores que estão ã margem, comprem a preço de remate estes ativos, algo que ainda não fazem porque apesar da desvalorização que houve pensam que será ainda maior), este movimento poderia quebrar grandes entidades individuais com o perigo que implicaria para o sistema de conjunto (ainda que aparentemente a base de capital de nível 1 do conjunto dos bancos não permitia uma quebra generalizada do sistema bancário como nos anos 1930, dito aparentemente, alguns bancos que cumprem um papel chave na intermediação bancária como o UBS suíço ou o Citi seriam muito afetados. Estamos falando de entidades centrais da atual infra-estrutura financeira, quer dizer, é dificl pensar que uma suposta quebra das mesmas não afete a capacidade de intermediação global). Os presidentes dos principais bancos centrais que se reunirão nos próximos dias na Basiléia estão preocupados em como sair deste dilema; decorre daí a paralisia e o novo agravamento da crise no mercado de créditos. No passado, como na crise do S&L (Sociedade de Empréstimos e poupança) dos anos 1980 nos EUA, o Banco Central colocou preço de remate aos ativos e isso reiniciou o mercado, mas se o fazem agora com os ativos dos bancos, por exemplos suas tendências de CDO (um instrumento muito comercializado nos últimos anos), muitos bancos ficariam descapitalizados. Uma saída seria abandonar a cotização de mercado por um momento ou rebaixar a base da capital dos bancos e existem discussões nesse sentido. No entanto, é pouco provável que se resolva prontamente e em decorrência disso novos hedge funds se vejam obrigados a ser vendidos para que se paguem as dívidas, o que leva os bancos a deduzir novas perdas em seus livros de contabilidade, disparando novas vendas de hedge funds e um círculo vicioso que desestabiliza ainda mais os grandes bancos. Uma nacionalização do sistema bancário? Não se pode descarta-la, e ainda mais, para alguns analistas isto acontece de forma encoberta.
No marco desta paralisia descendente da crise, na sexta-feira (07/03) o FED colocou outra vez 100 bilhões de dólares para operações de recompra, ou seja, outra dose de liquidez. E continuam...

A perspectiva: uma recessão norte-americana (6.300 empregos foram perdidos em fevereiro, o maior número desde o ano 2003 e o segundo declínio mensal consecutivo), crescentes defaults corporativos e possivelmente de alguns bancos. Ainda continuarão a piorar as coisas até que se alcance (como?) alguma estabilidade.

Traducido por: Luís Siebel

 

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