FT-CI

Oriente Médio

O carniceiro Blair consegue um novo trabalho

13/07/2007 La Verdad Obrera N° 241

Ao final de junho Tony Blair deixou o governo da Grã Bretanha. O Blair que se mostrava como defensor da "terceira via", terminou sendo o melhor aliado do George W. Bush, tão impopular como Margaret Thatcher e odiado pelas massas árabes. No entanto, com o fim de seu mandato chegou também a nomeação nada menos que de enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio (integrado pela ONU, EUA, a União Européia e Rússia) para a "busca de diálogo na região".

Após dez anos de "neo" trabalhismo, Blair ganhou dois apelidos que o pintam de corpo: "Thatcher com calças" (em referência a conservadora Margaret Tatcher que governou de 1979 a 1990) e “cãozinho" de Bush. Assim, aquele primeiro ministro que assumiu em 1997 com um discurso "modernizador" de dar "trabalho a quem possa trabalhar e seguridade (social) ao que não possa", acabou sendo uma continuidade dos planos neoliberais de Thatcher e mantendo intatas suas leis anti-sindicais, ao passo que aprofundou sua aliança com os EUA. O novo primeiro ministro Gordon Brown, ainda que manteve um perfil sob como ministro de Finanças, não mantêm diferenças essenciais nas políticas centrais de Blair.

Na Grã Bretanha continua a oposição ã guerra no Iraque e uma grande parte da população segue vendo essa política como a causa do sentimento de "insegurança" que existe no país (na última semana houve duas novas tentativas de atentados).

Não é nenhum segredo que Blair teve que apresentar sua renuncia e deixar o governo, evitando assim uma crise. A juventude e os trabalhadoras/es que se opuseram e se opõem ã guerra imperialista no Iraque, Afeganistão, ao boicote criminoso ao povo palestino, desejariam ver Blair condenado como criminoso de guerra. Mas apesar de seu passado como carniceiro aliado a Bush sendo parte de todas as intervenções imperialistas, Blair será encarregado de implementar a “folha de rotas” acordada em 2003 e "mobilizar a ajuda internacional ao povo palestino e o respaldo a suas instituições de governo (...) deverá elaborar planos que impulsionem os desenvolvimento econômico palestino" (El País, 27/6/07).

Blair, sócio maior do engano das armas de destruição em massa no, que segundo várias fontes já cobrou a vida de 700.000 iraquianos, é quem deu luz verde para que Israel bombardeasse aos civis que fugiam da guerra do Líbano em 2006, se negando a chamar a um cessar fogo... Seria cômico, se não fosse tão cínico, ver Tony Blair como enviado para "o diálogo e a paz", para uma região onde as massas sofrem as conseqüências de sua própria política imperialista. Mas que outra coisa poderia se esperar destes governos que apesar de seus matizes, vêm sustentando no essencial o afogamento do povo palestino e a ocupação do Afeganistão e do Líbano.

A nomeação de Blair ã frente do Quarteto do Oriente Médio não faz mais que ratificar a continuidade da política imperialista na região. Hoje, é uma necessidade imperiosa terminar com a ocupação do Iraque, e tirar todas as tropas imperialistas do Oriente Médio.

  • TAGS
Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Periodicos

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)