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Greve contra as demissões segue na GM em São José dos Campos
por : Léo Andrade

23 Feb 2015 | Em nova assembleia realizada hoje, 23, os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos mantiveram a greve iniciada na última sexta-feira contra a demissão de 794 trabalhadores. A empresa entrou com juízo de dissídio coletivo na justiça e amanhã, terça-feira, ocorrerá audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em (...)
Greve contra as demissões segue na GM em São José dos Campos

Em nova assembleia realizada hoje, 23, os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos mantiveram a greve iniciada na última sexta-feira contra a demissão de 794 trabalhadores. A empresa entrou com juízo de dissídio coletivo na justiça e amanhã, terça-feira, ocorrerá audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas.

Greve contra as demissões segue na GM em São José dos Campos
Os trabalhadores seguiram a greve hoje com paralisação total da produção. Os trabalhadores estão entrando na fábrica, mas não produzem nada. A empresa segue intransigente e não se pronunciou publicamente até agora, e levou a disputa para a justiça.

Na assembleia de hoje outros sindicatos de diversas categorias foram levar solidariedade aos trabalhadores da GM e precisamos seguir ampliando essa solidariedade, ainda mais com o endurecimento da patronal que não quer dialogar diretamente com o sindicato.

A GM já reduziu de 2012 para cá de 7500 trabalhadores para os atuais 5200 e agora quer seguir atacando. Neste ano que começou com ataques mais diversos e demissões na indústria de conjunto e em particular nas montadoras, barrar essas demissões na GM tem um significado nacional para os trabalhadores de todo o país, que assim como na Volks, não aceitaremos pagar pela crise criada pelos patrões.

A “proposta” da empresa, se assim podemos chama-la, é demitir imediatamente 794 trabalhadores ou coloca-los em lay-off (suspensão temporária de contrato) por dois meses e demitir todo mundo em seguida.

O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, filiado ã CSP-Conlutas, disse hoje aceitar o lay-off desde que seja garantida a estabilidade dos trabalhadores, sem demissão em dois meses como quer a empresa.

Os trabalhadores com sua força e com a greve devem garantir a manutenção de todos os postos de trabalho. Com o endurecimento da empresa a luta deve se intensificar e as medidas de solidariedade e apoio são mais importantes do que nunca. a direção do sindicato e os trabalhadores da GM receberam a visita, ontem, de vários representantes de sindicatos e da entidade estudantil Anel que foram se solidarizar. Essa iniciativa positiva mostra que existem condições para construirmos imediatamente uma grande campanha nacional de solidariedade ativa, operária, estudantil e popular, em apoio ã greve da GM, contra as demissões. É preciso convocar reuniões em São José dos Campos e em São Paulo, aproveitar a próxima plenária da CSP-Conlutas (neste fim de semana) para que todos os sindicatos dessa central se joguem com total prioridade nessa campanha.

O recuo na indústria automotiva coloca um desafio para os trabalhadores

Também a Volks em Taubaté colocou hoje 250 trabalhadores em férias coletivas. Isso mostra, sucessivamente, desde a greve da Volks do ABC em janeiro, que a situação na indústria automotiva não é boa para os trabalhadores. Segundo dados da patronal das indústrias montadoras, a Anfavea, em 2014 a produção da indústria automotiva caiu 15,3% em relação a 2013 e o recuo de vendas, de acordo com o número de novos emplacamentos, recuou 7,5% em relação ao ano anterior. E os prognósticos para esse ano é de segmento da queda, contando ainda com o fim da redução do IPI.

A greve da Volks logo no começo do ano já abriu o caminho para que os trabalhadores possam vencer. Agora a vitória dos trabalhadores da GM colocaria toda a classe mais um passo adiante para defender o emprego e nossos direitos.

Viva a greve dos trabalhadores da GM!

 

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