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Por um 1° de maio internacionalista para que os capitalistas paguem pela crise!
por : LER-QI, Brasil

01 May 2012 | Venha com a Liga Estratégia Revolucionária construir um forte bloco classista no 1° de maio da CSP Conlutas, um ato independente dos patrões e do governo, que ocorrerá na próxima terça no vão do MASP.

Venha com a Liga Estratégia Revolucionária construir um forte bloco classista no 1° de maio da CSP Conlutas, um ato independente dos patrões e do governo, que ocorrerá na próxima terça no vão do MASP.

Mulheres, homens, operários, jovens...milhões despertam ao redor do mundo e saem a luta contra os ataques dos grandes empresários e seus governos, que tentam jogar em nossas costas a crise de seu próprio sistema! Dos ditadores de décadas como Mubarak até o capitalismo democrático dos “socialistas” do PASOK grego, todas as faces de um sistema social que só traz exclusão, desemprego e miséria começam a ser questionadas nos últimos anos com o avanço da crise. A juventude, sem futuro, educação e emprego, se levanta com toda fúria na Grécia e no Chile. Como fotos do que ainda virá em um grande filme, a energia dos jovens volta a se encontrar no calor das ruas e piquetes com a classe trabalhadora, como vimos no Egito e agora começamos a ver na Espanha. Em vários cantos do planeta os trabalhadores e o povo lutam: mas o que precisaremos para vencer? Aprender com os novos processos, resgatar as lições dos melhores combates históricos de nossa classe, e refletir sobre as principais conclusões de grandes teóricos como Marx, Engels, Lenin e Trotsky na luta pelo socialismo, é o desafio colocado no caminho da reconstrução do partido revolucionário mundial, a Quarta-Internacional, ferramenta fundamental para terminar com esse sistema de exploração e opressão.

Esse 1° de maio não será mais um. Essa data, criada em homenagem aos Mártires de Chicago, que deram suas vidas pela jornada de 8 horas de trabalho, é comemorada no mundo inteiro, menos nos EUA. É que a burguesia imperialista, para apagar a história da grande greve geral norte-americana ocorrida em 1° de maio de 1886, obrigou que o Dia do Trabalhador por lá fosse em setembro, separado do restante do planeta. Horas-extras, rotatividade, terceirização e banco de horas apagam esse direito e os finais de semana da maior parte dos trabalhadores pelo mundo. Parece que os operários norte-americanos querer resgatar o espírito de Chicago: contra a vontade dos patrões e do 1% que enriquece, um 1° de maio com greves e mobilizações pelos EUA deverá tomar o país e inundar de ira as salas de Wall Street, mostrando que o espírito dos 99% do Ocuppy amadurece, ainda cheio de contradições, e começa a contaminar aqueles que movem o mundo, os trabalhadores. Nem mesmo Obama, um presidente negro, está conseguindo conter as contradições dentro das fronteiras imperialistas em crise, quem dirá no restante do mundo.

E no Brasil? Estamos com os trabalhadores de Jirau e Belo Monte, com os lutadores criminalizados da USP e com o povo do Pinheirinho!

O Brasil-potência, o país das Copas e das Olímpiadas, a 6ª economia do mundo, só existe nas mansões de Eike Batista, Antonio Ermínio de Moraes, Cachoeira, Demóstenes, Serra, Alckmin, Zé Dirceu e Lula. E claro, também de algumas poucas famílias imperialistas que nos roubam metade do orçamento com os juros da dívida.

Mas o Brasil de verdade, dos empregos precários, rotatividade e endividamento, não pode ser escondido. A cara marcada desse país vem ã tona com as grandes lutas da construção civil em Jirau, Belo Monte e nos estádios da Copa. Empresários, governo e burocracia sindical tentam de tudo para calar os lutadores, com Dilma militarizando os canteiros com a Força Nacional de Segurança e os empresários demitindo os ativistas dedurados pela burocracia. O que poderia parecer um fiel relato sobre a repressão da ditadura militar contra os trabalhadores a 30 anos atrás, nada mais é do que a verdadeira face do crescimento econômico conduzido pelo petismo. Nós entramos com o suor e o sangue, eles saem com o lucro e privilégios.

A burocracia sindical tem nome: CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, UGT e outras centrais governistas que se enriquecem com o nosso esforço. Viram de costas para os terceirizados em Jirau, para se abraçar em atos com os empresários da FIESP. Mafiosos que lucram bilhões com nossa contribuição, controlam os fundos de pensão e fazem de tudo para apagar qualquer pequena faísca de indignação que certamente irá colocar em xeque sua acomodação.

É por isso que oferecem carros, televisões e grandes shows em mega-festas pagas com dinheiro de empresários e patrões, pois precisam enganar e iludir os trabalhadores nesse dia histórico de nossa classe, o 1° de maio.

O que temos é nossa convicção, de que a luta dos trabalhadores e da juventude no mundo todo, começam a apontar um caminho. Um caminho que precisa ser preparado com clareza frente a todos os desafios e dificuldades que a crise irá trazer ao nosso país. O caminho da independência política da burguesia e dos patrões, única via para os trabalhadores poderem confiar em suas próprias forças. É com os trabalhadores e estudantes da USP, com os lutadores de Jirau, Belo Monte e de cada canteiro do PAC e da Copa, com os moradores de Pinheirinho, com os lutadores perseguidos em cada fábrica desse país, que vamos nesse primeiro de maio para enfrentar os patrões que lucram com nossas vidas, o governo Dilma e seus ataques, e a burocracia sindical governista, um freio para nossas lutas e organização que precisa ser superado.

Em solidariedade aos trabalhadores e a juventude que se manifestam pelo mundo, preparando a luta internacionalista; para colocar de pé uma campanha nacional que se enfrente com a militarização e terceirização nos canteiros de obras do PAC e da Copa, unindo o conjunto dos trabalhadores pelo direito de greve, organização e pela democracia operária, lutando por condições dignas e estabilidade, com igual trabalho e igual salário, defendendo a efetivação de cada trabalhador terceirizado; para derrubar a ditadura fabril, que impede a livre manifestação e organização; para enfrentar a especulação imobiliária e os ataques contra os novos Pinheirinhos; contra a repressão de ontem e hoje, lutando pela abertura de todos os arquivos e a punição dos torturadores e financiadores, em memória de nossos mortos assim como pela punição de todos os crimes cometidos pela polícia racista e assassina desse país contra jovens negros, camponeses, mulheres e operários nas periferias desse país; para conquistar os direitos das mulheres, lutando pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito; para barrar a homofobia e o racismo, fortalecendo a luta cotidiana contra a opressão e a exploração; para reverter as expulsões de estudantes e demissões de funcionários na USP, como a demissão ilegal de Claudionor Brandão, e barrar as novas ameaças de Rodas que já abriu mais de 50 processos administrativos contra a diretoria do Sintusp e contra estudantes e trabalhadores que participaram da luta contra a polícia no campus e pela transformação e democratização da universidade; para barrar os ataques em cada local de trabalho e defender cada ativista ameaçado e perseguido, colocando de pé uma campanha nacional por todo o país...

Chamamos trabalhadores e estudantes a construírem junto conosco um forte bloco classista por essas demandas no 1° de maio da CSP-Conlutas, um ato independente dos patrões e do governo que ocorrerá no vão do MASP! Em breve, informações e detalhes do local de concentração do bloco.

25-04-2012

 

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