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Todos presos libertados: Direto do 91°DP
09 Nov 2011 | As 4 horas da manhã foram libertados os últimos dos 73 presos, cada um deles sendo recebido por palavras de ordens gritadas a plenos pulmões por cerca de 100 estudantes e alguns pais que permaneceram firmes até este horário, até que saísse o último.

Por Val Lisboa

As 4 horas da manhã foram libertados os últimos dos 73 presos, cada um deles sendo recebido por palavras de ordens gritadas a plenos pulmões por cerca de 100 estudantes e alguns pais que permaneceram firmes até este horário, até que saísse o último.

Foi uma longa jornada (23 horas) entre a ocupação militar da USP ontem e todas as arbitrariedades das prisões de jovens que combatiam contra o autoritarismo do reitor Rodas e a implementação de um plano de militarização da USP a serviço da perseguição e repressão dos que lutam.

"Prenderam 73, agora somos milhares na luta outra vez", cantavam em vários momentos, acompanhados de GREVE!, alusão ã decisão da assembleia estudantil com cerca de 3 mil que na noite de ontem votou greve geral estudantil a partir de hoje, cancelamento de todos os processos contra os 73 presos, entre outras reivindicações. Agora, trata-se de construir a greve e enfrentar o boicote das direções, como o PSOL (DCE), e mesmo o PSTU, que durante toda a assembleia descaradamente mentia que os presos estavam "soltos" (o primeiro preso saiu por volta da 1 hora da manhã), tentando evitar que os estudantes aprovassem, como fizeram pela manhã, dirigir-se em marcha para a delegacia onde estavam detidos os 73 companheiros.

Outra vergonha foi ver os dirigentes do PSTU (muitos deles da Conlutas, como Mancha) mentindo que "a Conlutas garantiu o dinheiro para pagar a fiança de todos os presos", quando na verdade até este momento apenas houve promessas, visto que o Sintusp e os companheiros de uma unidade de ensino conseguiram arrecadar em menos de quatro horas os cerca de 39 mil reais que cobriram a fiança dos 71 presos (R$ 540,00 cada um), tendo dois pais contribuidos com essa quantia para seus filhos. Esperamos que realmente a Conlutas, assim como o DCE e demais centros acadêmicos como o CAELL cumpram o prometido e repartam este alto custo com o Sintusp e os trabalhadores que contribuíram.

Como se não bastasse, na campanha sectária e alcaguete do PSTU, o professor da Unicamp Alvaro Bianchi, militante deste partido, chegou ao disparate de postar em seu facebook mentiras como: "estou na USP acompanhando a luta contra a PM", que foram "presos 66" (e não 73), e que "estamos arrecadando fundos para pagar as fianças", seguindo com falsificações como "dentre os estudantes presos nenhum era da LER-QI ou do NN. Onde estavam? A esquerda que Rodas gosta estava dormindo em casa." Primeiramente, não se viu esse professor na USP; segundo, dentre os 73 presos (e não 66) 13 eram da LER-QI, entre eles a reconhecida diretora do Sintusp Diana Assunção, uma companheira membro do CDB do Sintusp e 11 estudantes. Da NN havia vários presos, além do PCO e Práxis, e a maioria de estudantes que lutam por moradia estudantil e demandas combativas.

Como Bianchi e o PSTU apenas "acompanhavam" (como comentaristas) a luta contra a PM na USP, não se pode encontrar entre os 73 presos nenhum militante do PSTU, mesmo porque desde o início da luta em 27 de outubro este partido esteve (de braços dados com o PSOL) ferozmente contra a ocupação da diretoria da FFLCH e, depois do dia 2 de novembro, contra a ocupação da reitoria, aliando-se ã campanha de Rodas e da mídia reacionária que alegavam ser a ocupação um ato "de radicais e minorias inexpressivas", chegando o PSTU a publicar nota dedurando abertamente que a ocupação era obra de correntes como LER-QI, NN e PCO (tal qual os editoriais e artigos do Estadão e outros órgãos reacionários).

Nós, da LER-QI, nos orgulhamos de estar colocando corpo, alma e espírito de combate numa luta tão fundamental e estratégica como expulsar a polícia da USP, assim como dos morros, favelas e bairros operários, e também contra a ditadura "que vive no reinado do REItor Rodas". Apesar de todas as diferenças estratégicas e táticas que publicamente temos com NN e PCO, estamos provando que sem sectarismo e oportunismo deslavado pode-se avançar numa atuação principista de frente única para mobilizar e lutar por objetivos comuns e imprescindíveis para o movimento estudantil e a universidade brasileira, o que exige também métodos principistas entre as correntes e os ativistas independentes.

VAL LISBOA, direto do 91° DP, ás 4h10min.

09-11-2011

 

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