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A PM De Rodas reprime brutalmente os estudantes da USP
por : LER-QI, Brasil

03 Oct 2011 | A Reitoria da USP, na figura da “persona non grata” João Grandino Rodas, provou que a recente homenagem ã “Revolução de 64” não foi mero engano. SOMOS CONTRA A POlà CIA NA UNIVERSIDADE PORQUE SOMOS CONTRA AS UPPS E POlà CIA NOS MORROS E FAVELAS http://ler-qi.org/spip.php?article3183

A Reitoria da USP, na figura da “persona non grata” João Grandino Rodas, provou que a recente homenagem ã “Revolução de 64” não foi mero engano. Usou seu regimento e autoritarismo remanescentes dos tempos da Ditadura Militar para impor contra a comunidade acadêmica o livre acesso da policia militar ã cidade universitária. A mesma policia que é conhecida por estar entre as mais assassinas do mundo e por reprimir e matar a população pobre e negra das periferias e morros, agora tem carta branca da burocracia acadêmica para reprimir, enquadrar, humilhar, assediar e prender cotidianamente os estudantes.

Os inúmeros casos que vinham sendo relatados foram respondidos pelos estudantes na ultima quinta-feira 27/10, ao não permitirem que a polícia enquadrasse e levassem presos três estudantes que supostamente fumavam maconha na FFLCH para a delegacia. Inicialmente 100 estudantes fizeram um cordão em volta dos estudantes enquadrados e das motos dos policiais exigindo que liberassem seus documentos.

Rapidamente a policia chamou reforço de várias viaturas e quase 1000 estudantes de diversos cursos agruparam-se para reforçar a resistência. Frente ao tenso impasse e com o movimento estudantil disposto a não retroceder, a burocracia acadêmica, (entre eles a diretora da FFLCH Sandra Nitrini) e a burocracia estudantil do DCE (PSOL) tentaram convencer os estudantes a se entregarem para trocar o registro criminal por uma sindicância interna, chegando a negociarem com a polícia de portas fechadas no curso de Ciências Sociais. O DCE ainda vez o absurda de escoltar os estudantes até o camburão contra o movimento estudantil, cumprindo o papel da policia. Os estudantes expulsaram a policia pela força de dentro dos corredores, e barraram o carro da Policia que levaria os estudantes presos. A polícia mostrou sua verdadeira função na universidade e mais uma vez reprimiu com bombas de gás, cassetetes e balas de borracha. Só não contavam com a resistência dos estudantes que retribuíram com paus e pedras que acabaram por fazer a policia sair em retirada de forma acuada, apesar de conseguirem efetivar as prisões.

Houve uma assembléia com mais 500 estudantes onde se votou ocupação imediata da diretoria a FFLCH, pelo fora PM, imediata revogação do convenio que permite a entrada da policia na USP, contra a perseguição e repressão aos lutadores, contra os processos administrativos e criminais em curso contra estudantes e funcionários, além de um ato pelo campus com essas consignas na próxima segunda-feira 31/10; apesar da traidora política do DCE de votar contra todas essas propostas, infelizmente compartilhada pelo PSTU.

A repressão policial a serviço da “universidade de excelência”

Rodas vem acelerando o projeto de universidade que visa transformar a USP numa universidade de excelência, baseada na terceirização e na precarização do trabalho, na elitização ainda mais acentuada, e no atrelamento mais direto da produção de seu conhecimento, não para beneficiar a maioria da população que sustenta financeiramente a universidade com um dos impostos mais altos do mundo, mas sim para estar a serviço de aumentar os lucros de grandes empresas, por via das fundações privadas cada vez mais legalizadas por sucessivas gestões, além do recém inaugurado curso de graduação pago promovido pela FEA.

O falso e hipócrita discurso de segurança que Rodas usa para justificar a entrada da policia, busca ganhar apoio de dentro e de fora da universidade para criar um estratégico braço armado de repressão a todos que se opõem a seu projeto de universidade. A militarização da USP está totalmente associada ã ofensiva repressiva da reitoria aos lutadores do Sintusp e aos estudantes. Por isso, junto ao “Fora PM!” é necessário lutar contra a repressão aos lutadores. A mesma polícia que está a serviço de defender os interesses dos capitalistas e empresários e que reprimi e assassina cotidianamente a população pobre e negra da periferia e dos morros não pode nos proteger.

É a autocrática estrutura de poder da universidade que viabiliza a entrada da policia na USP. Lutar contra o Fora PM é também lutar para por abaixo essa estrutura de poder proveniente do período anterior a Revolução Francesa, que instituiu o sufrágio universal. Nesse sentido, é preciso erguer uma estrutura de poder verdadeiramente democrática. Fora Rodas! Por uma assembléia constituinte de toda a USP, onde cada estudante, professor e funcionário valham um voto!

Desde a ocupação devemos juntar forças nos cursos, em cada sala de aula, para junto ao chamado do Sintusp por de pé uma grande campanha contra a repressão, em defesa dos lutadores e contra a “segurança” policial repressiva de Rodas. Defendemos democratizar a USP, lutar pelo fim do vestibular e pela estatização das universidades particulares para colocar o conhecimento produzido a serviço do conjunto da população!

Todo apoio a ocupação! Avançar na mobilização!

A ocupação, como resposta a brutal repressão policial, é uma boa oportunidade para o movimento se armar para expulsar a PM, barrar a ofensiva repressiva e também questionar profundamente os projetos de universidade de excelência da precarização e da terceirização, seguindo os aprendizados recentes das mobilizações dos estudantes chilenos, retomando os métodos das greves e ocupações de 2007, 2009 e 2010, e a aliança que estabelecemos com @s trabalhador@s terceirizad@s da União e da BKM, que abriram os olhos de todos para o caráter desta “universidade de excelência” de Rodas e companhia.

Para isso é necessário não encarar a ocupação como um fim em si mesmo e ter uma política ofensiva de se ligar aos estudantes dos cursos, buscando amplo apoio e solidariedade e ter um dialogo e programa que levantando a radical democratização da USP busque ganhar apoio da maioria da população.

Devemos organizar um encontro das universidades estaduais paulistas para cercar as lutas da USP e da Unicamp de solidariedade e preparar um plano unificado de luta pela educação pública, gratuita e a serviço dos trabalhadores, do povo pobre e de suas demandas.

FORA POLICIA! PELA REVOGAÇÃO DO CONVÊNIO REITORIA-PM!

NENHUMA REPRESSÃO AOS LUTADORES! POR DE PÉ UMA GRANDE CAMPANHA ATIVA EM DEFESA DOS LUTADORES! ABAIXO OS PROCESSOS FARSAS!

FORA RODAS! FORA SANDRA NITRINI

DISSOLUÇÃO DO CO! POR UMA ASSEMBLEIA ESTATUINTE LIVRE E SOBERANA DE TODA A USP! PELA DEMOCRATIZAÇÃO RADICAL DA UNIVERSIDADE!

POR UM ENCONTRO ESTADUAL DAS UNIVERSIDADES PAULISTAS EM LUTA!

 

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