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Por uma solução operária e popular frente a crise social
28 Feb 2010 | Discutamos um plano para a distribuição de alimentos e serviços básicos e cobertura de saúde, sob gestão das organizações operárias, estudantis e populares, como a CUT e a FECH, com financiamento estatal e dos empresários, e constituindo comissões de apoio com as famílias flageladas e chamando ã solidariedade e ã ação do conjunto dos (...)

1.- A catástrofe nacional surgida com o terremoto de há um dia, gerou uma crise social de magnitudes históricas que estão sofrendo os trabalhadores e o povo pobre. Frente a isso, já começamos a ver os primeiros focos de saqueios, onde setores operários e populares, frente ã nula resposta de abastecimento de alimentação e serviços básicos por parte do governo e frente o desespero de estar totalmente desamparados, estão reacionando com saqueios para poder obter os níveis mínimos de alimentação. Frente a isto, a direita encabeçada por Piñera reacionou exigindo novos ataques ã população trabalhadora: exigiram que as Forças Armadas se encarreguem de restaurar a "ordem pública" frente a estes focos de saqueios. O governo há algumas horas anunciou "Estado de exceção" na região do Maule e Bio-Bio durante um mês, isto é, que sejam suspendidas as liberdades democráticas e as Forças Armadas tomam totalmente conta da situação, da administração das regiões, do abastecimento e da segurança nacional, além de haver toque de recolher a partir das 21 horas. Este é um ataque aos trabalhadores e o povo pobre, que já pré-anuncia a entrada da direita ao governo com maior repressão e a entrada das Forças Armadas como um protagonista ativo na situação nacional.

2.- Rejeitamos toda criminalização e repressão ao povo trabalhador que somente se viu empurrado a responder a suas dramáticas necessidades.

3.- O governo reacionou totalmente a favor dos pedidos feitos pela direita. Junto ao decreto de estado de exceção constitucional nestas regiões, tenta com os empresários do comércio como Cencosud, garantir níveis mínimos de assistência social ás famílias trabalhadoras flageladas, que já se contabilizam em 2 milhões. Com isto tentam cobrir demagogicamente a palavra dos empresários: que seja garantidos que não hajam saqueios para cuidar as suas empresas. A Concertação, por sua parte, fora do governo, não tem dito nem uma só palavra frente a esta situação de crise social, e cedeu políticamente tudo ã direita e ás concessões a ela feitas pelo governo.

4.- Era necessário chegar a esta situação de crise social das familias trabalhadoras? Era necessário que o exército se encarregue da situação sob o regime de estado de exceção constitucional? Não. De ter-se garantido imediatamente os serviços básicos de alimentação e de saúde para todos os flagelados pelo governo, colocando, colocando ao dispor os prédios públicos, escolas, hospitais e os diferentes serviços públicos para garantir o abastecimento da população que está sofrendo estas calamidades, a crise social, não houvesse ocorrido a desgraça e desespero das familias trabalhadoras, e com isto tampouco os focos de saquieos.

5.- Diante desta situação, é necessário que a CUT, as organizações operárias, os sindicatos da saúde, as organizações estudantis como a FECH e CONFECH, as organizações de mulheres e organizações sociais, se solidarizem com a situação que vivem os trabalhadores e o povo pobre. Novamente: era necessário que o exército se encarregasse da situação? Não. Como alternativa, devemos discutir um plano para a distribuição de alimentos e serviços básicos e cobertura de saúde, sob gestão das organizações operárias, estudantis e populares, como a CUT e a FECH, com financiamento estatal e dos empresários, e constituindo comissões de apoio com as famílias flageladas e chamando ã solidariedade e ã ação do conjunto dos trabalhadores. Só assim poderemos terminar com estas calamidades sociais, com uma solução operária e popular frente a crise nacional.

Clase contra Clase
28 / 02 / 2010

 

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