FT-CI

BRASIL - LUTA CONTRA OS AJUSTES

Por uma esquerda para enfrentar os ajustes e o governo na luta de classes

15/10/2015

Por uma esquerda para enfrentar os ajustes e o governo na luta de classes

Não é um cenário fácil para resistir aos ajustes devido a que as direções das principais centrais sindicais e das entidades nacionais do movimento estudantil são controladas por governistas ou pela oposição de direita. Isso faz com que a resistência aos ataques seja ainda aquém do necessário. Por uma esquerda para enfrentar os ajustes e o governo na luta de classes.

Muitas categorias tem demonstrado disposição de luta. Foi isso que se demonstrou na recente greve dos correios, onde a adesão foi massiva apesar do controle da CTB e da traição aberta da CUT, que também traiu a luta do funcionalismo no Rio Grande do Sul e outras. A greve de bancários também é controlada pela CUT, que evitou que se ligasse a greve de Correios e aos petroleiros. Tudo para impedir a unidade de categorias chave do funcionalismo e que tem histórico de lutas em comum. É que qualquer perda do controle levaria essas lutas a superar a própria burocracia e se enfrentar com “seu” governo. Também na indústria a política da burocracia foi claramente dividir cada uma das lutas das montadoras e defender o PPE, que é um ataque ao salário e direito dos trabalhadores.

A juventude secundarista de São Paulo também está dando um grande exemplo. Independente da passividade das direções, está protagonizando um grande movimento espontâneo e massivo contra o fechamento de escolas por Alckmin. Aqui também a direção da APEOESP da CUT está se negando a unificar a luta e as direções do movimento estudantil também.

Ao invés de impulsionar uma política concreta para a luta de classes, o PSOL está no parlamento se somando aos objetivos petistas “contra a direita” só fazendo política contra o Cunha. Ao mesmo tempo, depois de uma ala do partido não aceitar participar das manifestações de 20/8 porque reconheciam que eram governistas, aderiram de conjunto a Frente Povo Sem Medo (ver pg 8 neste jornal), que serve somente para salvar o governo e a burocracia. Por isso, não vamos na manifestação domingueira de 8/11 convocada por essa Frente, que sequer vai afetar a produção e circulação.

Por sua vez, o PSTU, apesar de denunciar Dilma e Lula e não integrar essa Frente, defende a derrubada de Dilma sem haver por hoje um sujeito para esse objetivo, os levará a se ligar a setores anti-Dilma pela direita, como foi a CGTB, com os quais o PSTU dizia estar construindo um “terceiro campo” pra manifestação do último 18/9 e que na última hora rompeu. A exigência que o PSTU faz de rejeição das contas de Dilma no TCU "pela esquerda" não tem como cumprir outro papel que não seja colocar a classe trabalhadora como "ala esquerda" da tática de “impeachment” que se apoia sobre a rejeição das contas "pela direita". Não adianta discurso de “derrubar a Dilma com a greve geral” mas a política concreta é funcional à direita.

Além disso, o PSTU se adapta ao modo petista e cutista de militar que não encara a luta de classes como centro. A manifestação do dia 18/9 foi importante por ter reunido milhares contra o governo e a direita, mas não basta organizar atos e encontros que também são inofensivos contra os ajustes e segue sem dar sequer um exemplo na luta de classes concreta. Não dirige nenhuma luta de forma exemplar nem presta solidariedade efetiva onde não dirige, que seria a forma de influenciar as bases da CUT e outras centrais.

Nada impede que a esquerda que se coloca como anti-governista saia da passividade na luta de classes e impulsione ações de solidariedade e coordenação entre as lutas. Qualquer luta vitoriosa contra o ajuste, é um passo fundamental da luta nacionalmente. Este é o exemplo que buscamos dar com todas as forças na recente greve de Correios, da prefeitura da USP e agora da juventude secundarista. Se a esquerda gira para a luta de classes é possível ser um fator para as lutas serem vitoriosas e golpear na base das centrais sindicais governistas com exemplos práticos distintos. Vamos participar das manifestações em outubro convocadas pelo Espaço de Unidade de Ação, mas sempre batalhando por essa perspectiva.

Se a esquerda se unifica nessa perspectiva pode incomodar efetivamente a burocracia sindical, obriga-la a romper com o governo e impulsionar a luta contra o ajustes. Sem isso, vai deixa-os tranquilos. O MTST também tem que romper com essa política que termina sendo de apoio ao governo.

Ligada a essa luta para que cada luta possa vencer e ser exemplo na luta contra os ajustes, para que as direções rompam com o governo, a esquerda unificada pode colocar de pé uma grande luta nacional contra o PPE, os cortes e por uma resposta de fundo para a crise que passe pelo não pagamento da dívida pública e por impostos ás grandes fortunas, para que a crise seja paga pelos capitalistas.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)