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Argentina | XIV CONGRESSO DO PTS

O PTS resolve lançar um jornal e vota pré-candidatos para a fórmula presidencial

23/06/2014

O PTS resolve lançar um jornal e vota pré-candidatos para a fórmula presidencial

Um jornal digital multimidia, pré-candidatos para a fórmula presidencial da Frente de Esquerda e uma campanha pelo não pagamento da dívida externa e pela convocatória de uma consulta popular para decidir sobre o tema foram algumas das principais resoluções do XIV Congresso do PTS que sediou suas sessões na Cidade de Buenos Aires, da sexta-feira dia 20/6 até o domingo dia 22/6.

"Frente ã derrubada do projeto centroesquerdista do Governo e uma oposição que concorda com temas cruciais como o pagamento da dívida externa e que o ajuste seja pago pelo povo trabalhador, é necessária uma resposta política diária desde a esquerda que já sacou mais de 1 milhão de votos em outubro, e por isso nos próximos meses o PTS se dará o desafio de colocar em marcha a partir do próximo mês de setembro um diário digital multimidia, o primeiro meio da esquerda com esta periodicidade e características. Nele, se refletirão os principais debates políticos nacionais e internacionais, as lutas operárias e populares contra o ajuste contadas por seus protagonistas, e temas vários de informação geral, cultura e espetáculos," consta a resolução.

Ontem o Congresso do PTS votou postular como pré-candidatos pra integrar a fórmula presidencial da Frente de Esquerda, em vista das eleições de 2015, o deputado nacional Nicolás Del Caño, o deputado por Buenos Aires Christian Castillo, a senadora de Mendoza, Noelia Barbeito, e o dirigente histórico da fábrica Zanon e ex-legislador por Neuquén, Raúl Godoy. Nos fundamentos desta resolução o Congresso do PTS coloca que “tanto o partido de Governo como a oposição patronal da Frente Renovadora, o FA-Unen, o PRO e a centroesquerda já começaram a postular seus candidatos para suceder Cristina Fernández, enquanto possuem um grande acordo em seguir pagando a dívida externa ás custas do sacrifício do povo trabalhador. Ratificamos nosso apoio ã construção da Frente de Esquerda, a única coalizão política nacional que defende a independência política dos trabalhadores. Por isso nos colocamos ã disposição de nossos aliados da FIT a postulação destes pré-candidatos.

Da mesma forma, se votou uma "campanha nacional pelo não pagamento da dívida externa" e a exigência de uma "consulta popular vinculante para que seja o povo que decida". Nos fundamentos da resolução se coloca que “a extorsão não só vem dos fundos abutres, mas da mecânica do conjunto da dívida externa. Não defendemos o não pagamento como uma medida isolada, mas como parte de um programa integral de soberania nacional contra o imperialismo”. Junto com isto se votou uma campanha contra as demissões e suspensões na fábrica de autopeças Lear Corporation e na gráfica Donnelley, ambas de capital norteamericano, colocando que "não vamos aceitar que estes ’capitais abutres’, que ganham milhões de dólares em todo o mundo, golpeiem os trabalhadores combativos e antiburocráticos, e por isso a esquerda se soma a sua luta, dentro de nossa defesa de apoio integral a todas as lutas operárias e populares que enfrentam a ofensiva do capital, como Cerâmica Neuquén e Paty".

O Congresso do PTS começou a sessionar na sexta-feira 20/6 e culminou no domingo dia 22/6. Participaram do mesmo mais de trezentos delegados de todo o país, entre os quais se encontram dirigentes operários de importantes metalúrgicas, da indústria da alimentação, gráficas e engenhos açucareiros, junto com professores, trabalhadores municipais, e estudantes secundaristas, técnicos e universitários. O PTS cresceu 40% em sua militância desde o Congresso anterior, em abril de 2013.

Na última sessão o Congresso do PTS votou o operário do Estaleiro Rio Santiago, José Montes, como presidente do PTS, "um dos companheiros que expressam cabalmente a tradição operária e de luta de nosso partido". Da mesma forma se votou um novo Comitê Nacional integrado, entre outros, por Christian Castillo, Nicolás del Caño, Raúl Godoy, Claudio Dellecarbonara, Myriam Bregman, Alejandro Vilca, Lorena Gentile, Noelia Barbeito, Andrea D’Atri, Nathalia González, Natalio Navarrete, Juan dal Maso, Hernán Puddu, Patricio del Corro, Ana Laura Lastra, Carlos Artacho, Fernando Rosso, Ruth Werner, Federico Noa, Paula Bach, Fernando Scolnik, Lautaro Jiménez, Luana Simioni, Octavio Crivaro, Claudia Cinatti, Matías Maiello, Laura Vilches, Ernesto Bustos, Alejo Lasa, María Chaves, Manolo Romano, Graciela Eguía, Carlos "Titín" Moreira, Laura Lif, Guillo Pistonesi, Jonatan Ros, Fredy Lizarrague e Emilio Albamonte, junto a vários dirigentes de importantes concentrações de trabalhadores e centros estudantis.

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